Peço à comunidade de Portalegre/RN que depositem ao lado dos latões de lixo, dentro de um saco ou dentro de uma caixa, papel sulfite, cadernos, jornais, revistas, papelão marrom, plásticos, frascos de vidro e todo tipo de metal. Agindo dessa forma, a comunidade estará facilitando o trabalho dos catadores, que vendem esses materiais a VSR para complementar renda. Pois, enquanto a prefeitura não aprovar proposta que enviei ou criar outra forma de fazer a coleta seletiva de forma mais organizada, só nos resta contar com os catadores e com os demais cidadãos conscientes.
Publicarei este pedido, ao menos uma vez por semana, até que seja atendido, ou que encontremos uma solução melhor, ou que me provem que coleta seletiva é bobagem. "Agora Prove!"
Agradeço ao amigo Cirios, diretor da Rádio de Portalegre e responsável pelo blog na Serra de Portalegre por manifestar publicamente seu apoio a minha iniciativa.
Por tamanha importância que tem para o futuro próspero da vida em nosso Planeta, não deveria ser necessário campanha para implantar a coleta seletiva do lixo. Isso deveria ser algo natural e simples.
Mas o ser humano é assim mesmo, por achar que pequenos deveres do dia a dia não são de sua responsabilidade, vive pagando alto preço pelas consequências do conjunto dessas pequenas omissões e pondo a culpa da conta no "vizinho".
Quando não pudermos mais tomar banho na Bica por causa da total poluição de sua fonte, por exemplo, todos culparão a todos, ninguém assumirá a culpa, porém todos pagarão. Para não dizer que estou fantasiando, exagerando, ou coisa desse tipo, leia abaixo um pequeno exemplo de como a natureza é frágil a ação nociva do homem. Leva poucos anos para poluir um rio. Mas, havendo grande interesse por parte da população como um todo, muitos anos, muitos mesmo, são necessários para recuperá-lo.
Eis o texto, fonte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Tietê:
O Rio Tietê, margeado pela
Marginal Tietê. Embora seja um dos rios mais importantes
economicamente para o estado de São Paulo e para o país, o rio Tietê ficou mais conhecido pelos seus problemas ambientais, especialmente no trecho que banha a cidade de São Paulo. Não faz muito tempo que o rio Tietê se tornou
poluído. Ainda na
Década de 1960, o rio tinha até
peixes no seu trecho da capital. Porém, a degradação ambiental do rio Tietê tem início de maneira sutil na década de 1920, com a construção da
Represa de Guarapiranga, pela empresa canadense
Light, para posterior geração de energia elétrica nas usinas hidrelétricas Edgar de Souza e Rasgão, localizadas em Santana de Parnaíba. Esta intervenção alterou o regime de águas do rio na capital e foi acompanhada de alguns trabalhos de retificação também pela Light, que deixaram o leito do rio na área da capital menos sinuoso, nas regiões entre Vila Maria e Freguesia do Ó. Porém, ainda nas décadas de 1920 e 1930, o rio era utilizado para pesca e atividades desportivas: eram famosas as disputas de esportes náuticos no rio. Nesta época, clubes de regatas e natação foram criados ao longo do rio, como o Clube de Regatas Tietê e Espéria, clubes que existem até hoje. O processo de degradação do rio por poluição industrial e esgotos domésticos no trecho da Grande São Paulo tem origem principalmente no processo de
industrialização ocorrido nas décadas de 1940 a 1970, acompanhado pelo aumento populacional ocorrido no período, em que o município evoluiu de uma população de 2.000.000 de habitantes na década de 1940 para mais de 6.000.000 na década de 1960. Este processo de degradação a partir da década de 1940 também afetou seus principais afluentes, como o rios Tamanduateí e Aricanduva, sendo no primeiro particularmente mais perigoso, pois o Tamanduateí trazia da região do ABC os esgotos industriais das grandes fábricas daquela região. A
política de permitir uma grande expansão do parque industrial de São Paulo sem contrapartidas ambientais acabou por inviabilizar rapidamente o uso do rio Tietê para o abastecimento da cidade e inclusive para o lazer. A partir das décadas de 1960 e 1970, a falta de vontade política dos então governantes, aliada a uma certa falta de consciência e educação ambiental da população (agravadas pela
ditadura militar) anulou qualquer iniciativa em gastar recursos em sua recuperação, o que aliado à crescente demanda (fruto da expansão econômica e populacional da cidade), degradou o rio a níveis muito intoleráveis nas décadas de 1980. ...
... O projeto Tietê
Diante de tais pressões populares, em 1991, o
governador de
São Paulo eleito em outubro de 1990, ordenou à
Sabesp - empresa de saneamento básico do estado, que se comprometesse a estabelecer um programa de despoluição do rio. O estado buscou recursos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento - o
BID e montou um projeto de recuperação do rio. A difícil tarefa de acabar com a poluição gerada por esgotos na
Região Metropolitana de São Paulo recebeu o nome de Projeto Tietê. Não é um projeto exclusivamente governamental, já que conta com intensa participação de organizações da sociedade civil. Atualmente, o Projeto Tietê é o maior projeto de recuperação ambiental do país. Passados mais de 16 anos, a despoluição do rio Tietê ainda está muito aquém dos níveis desejados, mas já foram feitos progressos animadores. No final da década de 1990, a capacidade de tratamento de esgotos foi ampliada: a Sabesp realizou a ampliação da capacidade de tratamento da Estação de Tratamento de Esgotos de Barueri, a 20 km a
jusante do município de São Paulo e inaugurou as Estações de Tratamento de Esgoto Parque Novo Mundo, São Miguel e ABC, que ficam a
montante do município de São Paulo. No início do programa, o percentual de esgotos tratados em relação aos esgotos coletados não ultrapassava os 20% na Região Metropolitana de São Paulo. Em
2004, esse percentual estava em 63% (incluindo tratamento primário e secundário). Espera-se que até o final do programa, esse índice alcance os 90%. Atualmente, o programa está em sua terceira fase. A mancha de poluição do rio Tietê, que na década de 90 chegou a 100 km, tem se reduzindo gradualmente no decorrer das obras do Projeto Tietê. Por outro lado, é preciso lembrar que ao longo de todo o rio, fora da Região Metropolitana, todos os municípios da bacia possuem coleta de esgotos mas nem todos tem seus esgotos devidamente tratados, o que mostra que muito ainda há para ser feito.