Ontem Portalegre foi presenteado com uma boa chuva.
Embora não resolva o problema de armazenamento de água e tão pouco salve a produção de milho - já declarada perdida, salvo alguns poucos produtores que tem acesso à irrigação ou a terras ricas em água – esta chuva pode ser a salvação da safra de feijão.
Tal chuva aumenta a esperança do Produtor rural.
Alerta àqueles que acham que esperança é bom. Quanto mais esperança mais miséria, mas falta. Só se espera pelo o que não chegou e/ou pelo que não temos.
Tem todo tipo de esperança:
A esperança por algo planejado, como por exemplo, esperar que as cento e cinquenta pessoas que estão a sua frente cheguem ao caixa, sejam atendidas, para que você seja atendido também, antes que o banco feche;
A esperança dos miseráveis, o último recurso, quando um plano não da certo ou quando não se tem plano nenhum;
A esperança hipócrita, a esperança de receber de Deus o que Deus já atribui como de responsabilidade do homem, por exemplo, “Deus nos dará a paz e proverá solução para nossas necessidades, vamos esperar”...
Quem planeja, vai de encontro ao que precisa, marca o tempo de espera, realiza mais.
Passarinho na gaiola tem a esperança que o dono não lhe falte com água e alimento, passarinho livre vai atrás de seu alimento e de sua água, ambos sujeitos à morte e ao sofrimento. A diferença? A liberdade...
“Vem vamos embora, que esperar não é saber quem sabe faz a hora não espera acontecer”.