Será que Maluf deixou de defender as elites e é inocente de todas as
acusações de perseguição aos trabalhadores e desvio de dinheiro público? Ou
será que o PT cansou de ser perseguido por ser honesto e lutar pelos
trabalhadores e resolveu imitar o "Rouba mas Faz"? .
Como o eleitor, o cidadão, pode se livrar desses acordões partidários
para a manutenção do poder? Como moralizar a política, se quando o eleitor vota
consciente e derruba no voto um imoral, este é reconduzido ao poder de forma
indireta, através de manobras políticas?
Não existe uma fórmula para moralizar nossa política, mas é evidente que
nosso país está travando uma luta: De um lado bravos lutadores que querem
moralizar a política através da conscientização, da educação e do voto cada vez
mais inteligente, entre outras ações; de outro os beneficiados com a corrupção,
que tentam a todo custo manter o povo alienado e confuso, comprando os
corruptíveis e perseguindo e calando os realmente
bem intencionados.
Os poderosos fazem de tudo para alienar o povo. Infiltram-se. Deseduca
fingindo que estão educando. Aliena dizendo que estão desalienando. Vestem-se
de cordeiro e se mistura no rebanho. Ataca o rebanho e coloca uns contra os
outros. Desinforma informando. Geram o caos e aparecem como os salvadores...
Para os poderosos a palavra de ordem é confundir. Como votar consciente
se você não sabe mais quem é quem. Tá tudo misturado. Nada pode, tudo pode.
Tudo tipo quando alguém da um tapa nas costas de outro e este se vira querendo
saber quem foi o agressor, há várias pessoas apontando umas para outras se
acusando e o agressor não sabe em quem acreditar, só sabe que foi agredido.
Uma possível saída é pensar globalmente, olhar para o todo e agir
localmente, fazer nossa pequena parte, onde moramos.
Comecemos aqui por Portalegre, se concentre e tente se livrar das
confusões. Pegue um caderninho, se não souber ler, peça a este que está lendo
para você, ou outro, que faça suas anotações.
Anote as promessas que você ouviu durante esta campanha. Anote o nome
dos ganhadores e vejam como eles se comportam, se estão seguindo suas palavras,
se estão praticando o que disseram no palanque, ou se agora depois que ganharam
estão saindo pela tangente.
Anote as ações daqueles que perderam. Com certeza em campanha eles
discursaram bonito, dizendo que fariam isso, fariam aquilo... Vejam se depois
que perderam se ficaram por aqui lutando por seus eleitores e tentando, dentro
de suas limitações, trazer benefícios para nosso povo.
Anote o que você ouvir de bom e de ruim, tente conferir de perto o
máximo possível a veracidade de tais informações...
E os novatos que aparecem de surpresa sem você ter tempo de "fazer
sua ficha" com mais detalhe? Fique de olho na distância entre a
prática e o discurso, como eles se relacionam, anote para não esquecer. Se um deles te
convencer e você votar nele, anote o porquê você votou, se te decepcionar anote
isso também...
Quando chegar no dia de votar, pegue seu caderninho e faça uma leitura
cautelosa do que você anotou a respeito daqueles que se candidataram. Reflita
bastante, com base em seu próprio arquivo. Essas anotações ajudarão a você se
lembrar de coisas que a emoção do momento faz você esquecer e vai te ajudar a
tirar imagens e características de pessoas que na prática não existem, foram
criadas pela propaganda política, invenções para te confundir.
Para o eleitor consciente, a campanha para a próxima eleição começa na
hora que acaba a anterior. Não deixe para se preocupar em quem votar na reta
final, na hora. Você pode até deixar a decisão final para o último momento,
mas os dados para tomar essa decisão devem ser coletados e anotados
diariamente.
A luta para moralizar nossa política não é fácil e não alcança
resultados automaticamente. As pequenas ações e os pequenos exemplos irão se
somando e seguindo futuro adentro, formando uma nova história, até que um dia
os políticos e a sociedade estejam totalmente adaptados e entendendo que os
salários e as regalias dos políticos já são altos o suficientes para que estes façam um
belíssimo trabalho para o bem comum.
Viva Portalegre!
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