quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Postura

Quando mais jovem, fui (devido a meu engajamento na pastoral da juventude, participação na luta dos "sem teto", coordenação de uma comunidade católica e presidência de grêmio estudantil) convidado a me engajar na política partidária. Porém, havia uma condição, o meu lado crítico só deveria ser usado contra os adversários. Disse um sonoro NÃO.
Prefiro criticar os meus. Pois nunca faço uma critica no sentido de humilhar ou desclassificar e sim ajudar ao criticado a rever suas ações e evoluir para o bem comum.
Na política partidária, assim como na disputa pela liderança de órgãos ou movimentos não governamentais, há uma tendência de se usar a critica como forma de se auto-promover as custas das falhas do outro. A auto-crítica é uma prática impensada, nas maioria desse seguimento. Abomino tal postura. Crítica, ao meu ver, serve para ajudar o outro e principalmente a si próprio a melhorar. Auto-promoção se faz com verdade, honestidade e trabalho, muito trabalho.
O problema, é que o bem comum não é levado em conta. Não se ver mais projeto sendo aprovado pelo valor do projeto e sim por causa de barganha, de cargos, de poder ou de outros benefícios em favor de pequenos grupos e indivíduos.
Sendo assim, considero situação toda ação que trás benefícios a uma comunidade sem prejuiso a outra; e oposição toda ação individualista, egoista, impensada e que beneficia um em prejuiso do outro.
Nesse sentido, posso me opor a mim mesmo sem deixar de me admirar e me amar. Pois me oponho ao erro e não a quem erra.

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