quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Fábrica de Rapadura de Caju em Portalegre/RN

Terça Feira, esteve em Potalegre a professora Andrea Lessa, do Instituto Técnico Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), com sede em Natal. Acompanhando veio seis membros da cooperativa de fabricação de rapadura de caju do município de Porto do Mar (COPAVALE).


A professora e pesquisadora Andrea Lessa, juntamente com os pesquisadores Milton Vale e Leci Menezes Reis, faz parte do Núcleo de Recursos Naturais e do Núcleo de Estudo do Semi Árido do IFRN.

Na oportunidade, o "Jornal Fanáticos Por Portalegre" obteve  informações, com os visitantes,  a respeito da visita e da fabricação de rapadura aqui  em Portalegre/RN.

A visita fez parte do trabalho que os núcleos vêm desenvolvendo sobre a cadeia produtiva do caju. Tecnologias simples são desenvolvidas em laboratório, e depois testadas em campo, para o maior aproveitamento do produto.

Ano passado, a professora Andrea esteve em Portalegre para ensinar a um grupo de pessoas ligadas a APRUP (Associação dos Pequenos Produtores Rurais de Portalegre) a fazer rapadura de caju. Desta vez, ela veio ensinar uma técnica de preservação da polpa do caju para que a fabricação de rapadura, e outros produtos, não fique restrita à safra anual.

O editor deste blog não pode acompanhar o treinamento, mas foi posteriormente visitar a fabrica de rapadura e entender como funciona. Foi informado que normalmente a fabricação da rapadura é feita na sede da APRUP, mas que por questão de espaço estava funcionando, pelo menos esta semana, nas instalações da  fábrica de beneficiamento de castanha. Chegando ao local, foi muito bem recebido pela equipe que produz a rapadura.

Segundo a coordenadora da equipe (cinco pessoas atualmente), a fábrica pertence à APRUP e que a equipe é composta por diaristas que podem chegar a um ganho mensal superior ao salário mínimo.

Ano passado, quando se iniciou a fabricação, os trabalhos começaram em outubro e foram até janeiro deste ano, no entanto, de agora em diante, com a nova técnica de preservação da polpa, poderá ser contínuo.

Atualmente a capacidade de produção da fábrica é,  em média, de 150 rapaduras por dia.

A produção pode ser compradas no varejo ou no atacado, por dois reais a unidade. O blogueiro não resistiu e comprou uma diretamente com a equipe, o que pode ser feito por qualquer pessoa. "Que delícia" (virou cliente).

A CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) - maiores informações sobre a CONAB: http://www.conab.gov.br/ - compra parte da produção de rapadura para distribuir para as famílias de baixa renda, cadastradas. Ou seja, neste caso, a rapadura é produzida com matéria prima de Portalegre, produzindo renda aos agricultores; é fabricada aqui mesmo, gerando emprego; é vendida pela associação, gerando recursos para manutenção da associação e investimentos; volta "gratuitamente" (a rapadura é comprada pela CONAB, com dinheiro dos nossos impostos) para a mesa dos portalegrenses menos favorecidos.

Se alguém tem dúvida do que é desenvolvimento sustentável, fica ai um belíssimo exemplo.

Vejam o processo de fabricação passo a passo:


SELECIONA-SE  E COZINHA-SE O CAJU;


TRITURA-SE O CAJU, OU EM UM LIQUIDIFICADOR,  OU NESSE TRITURADOR,  DESENVOLVIDO PELO IFRN, CARINHOSAMENTE APELIDADO DE "DOIDELA" (CONECTA-SE UMA FURADEIRA NO CABO E PRONTO);

TEMOS A POLPA, QUE PODERÁ SER USADA IMEDIATAMENTE OU PREPARADA PARA USO POSTERIOR COM CONSERVANTES APROVADOS PELOS ÓRGÃOS COMPETENTES;
LEVA-SE A POLPA AO FOGO, ACRESCENTA-SE  APENAS AÇÚCAR;
TIRA-SE DO FOGO,  MEXE E REMEXE E LEVA-SE PARA A FORMA;



VENDE-SE POR ATACADO, OU
 
<>
VENDE-SE DIRETAMENTE AO CLIENTE ( TIRE O OLHÃO QUE ESSA EU COMPREI,COMPRE A SUA!);









Um comentário:

Erasmo disse...

Não acredito que perdi a visita de minha querida professora Leci. É sempre bom revê-la.rsrs